quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Toda vez que choro, minhas lágrimas geram sobre minha mão o reflexo da verdade. Da verdade que sempre lutei, ainda luto, e quem sabe continue lutando. Se não desistir é claro.
As vezes pensei que guardar em uma bela caixa, resolveria os meus problemas... Mas me enganei de tal forma, que hoje sei que ela só é um enfeite. Porque não adianta guardar mais nada nela. Minhas lembranças mais obscuras me aterrorizam até hoje quando toco nela, mas sinto que esse sofrimento me agrada, pois dele surgiram coisas boas.
Lembro-me dos motivos que chorei noites adentro, hoje eles me fazem rir, gargalhar. Mas ainda sei que eles não se findaram por aí. Por isso preparo-me para as fortes nevascas que poderão vir.
Venho de locais frios e onde é difícil andar, em que os pés machucados acabam se acostumando a dor, mas cada vez que andam sofrem mais e mais, como um eterno aprendizado para ver se nos acostumamos.
E aos poucos, minha morte doce, vai me induzindo ao erro e a lamentação.
Zombando a cada segundo de mim, meu masoquismo, faz-me sofrer e pensar que talvez lamentações sejam sempre em vão, e elas não vão mudar conforme falo, escrevo, ou gesticulo. Fazendo de mim, mais um tolo que anda na direção dos ventos gelados de nevascas recém passadas.

sábado, 2 de outubro de 2010

Vento

Vou pra onde você for.
Voarei com você
para onde o vento brisar.
E quando o vento parar,
Corremos sem fim pelos campos.

O vendo sopra nossos cabelos
Junto de ti não importa
Se frio ou quente ele é
não importa a direção

Importa somente
nossa insanidade
Para sermos mais que felizes