sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Promessa

Ele me prometeu flores, campos desabroxados lindos. Noites inesquecíves com jantares a luz de vela. Bardos tocando as mais belas músicas dos melhores cantores da temporada. Prometeu também que seria a melhor primavera de todas.
A guerra chegou e ele teve de partir. Permaneci inércio, sentado a beira do caiz junto aos barcos apodrecidos. Setessentos anos se passaram e ainda espero. Meu espirito gélido deseja secretamente que ele volte. Mas algo nesse vento de inverno sussurra nas minhas orelhas que ele não voltará, que ficarei aqui neste caiz até que o mar se congele e ele venha me buscar para então cumprir suas promessas impossíveis.

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